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de longe tudo é silêncio e poeira

de longe tudo é silêncio e poeira

Fortaleza, 2015

instalação, expografia

Instalação ambiental composta por madeira, pó de serra, ventiladores e um realengo acionado por sensores de presença, por Daniel Sabóia, Tiago Ribeiro e Ângelo Thomaz.

De longe, tudo é silêncio e poeira. Instalação. A primeira imagem que se vê é a de um quadrado de areia no chão, quatro hélices em movimento em suas quinas e um realejo sobre uma torre, no centro do quadrado. De perto, o silêncio é quebrado. Cooperação e jogo.

Do uso da areia e do pó de serra como materiais prosaicos à sugestão de mãos nos bolsos e lentíssima caminhada em torno da instalação como forma de cooperação, a precariedade é materialidade (pó) e subjetividade (comportamento).

O sistema/instalação proposto é um meio para a construção de um bang-bang (fricção entre corpo/tempo/ambiente) por meio de um jogo sonoro provocado pela captação da movimentação das pessoas, acionando ritmias no realejo, que antes girava silenciosa e ininterruptamente em meio à poeira. O silêncio é rompido apenas quando os sensores captam movimento e fazem com que a paleta e o arco toquem as cordas do instrumento.

No entanto, o jogo só acontece mediante a disponibilidade para o outro, como forma de gerar circunstâncias para a emergência de pequenos acontecimentos, ambiências passageiras, devaneios imagéticos. Um jogo onde não há protagonistas, nem vencedores. O foco é a poeira e o resultado dos processos de colaboração em forma de organização sonora. De longe, tudo volta a ser só poeira e silêncio. Instalação.


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Este trabalho é parte de uma das plataformas de ação do Projétil Billy The Kid. Foi montado para a 66a edição do Salão de Abril de Fortaleza e na quarta edição do Festival de Dança de Itacaré.

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concepção, execução e montagem: daniel sabóia, tiago ribeiro e boing (ângelo thomaz)
fotografia: patricia almeida

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